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Os principais erros cometidos na gestão de risco

14.FEV.2023

O que é gestão de riscos?

Como seu próprio nome já diz, a gestão de riscos é um conjunto de ações coordenadas para dirigir, identificar, analisar e controlar riscos que possuem o poder de abalar o negócio. 

Como você já sabe, organizações de todos os tipos e tamanhos enfrentam influências, fatores externos e internos que trazem incertezas para o alcance dos seus objetivos. 

A gestão de riscos tem o poder de auxiliar na tomada de decisões fundamentadas. Por isso, vai ajudar na elaboração das estratégias e no atingimento das metas. É importante reforçar que o ato de gerenciar os riscos vai levar em consideração o contexto externo e interno das organizações.

Mais do que identificar pontos de vulnerabilidade, esse processo também traça medidas para enfrentá-los adequadamente. O problema não ocorre quando os riscos existem (eles sempre vão existir), mas, sim, quando não se adotam estratégias para contorná-los.

Trata-se basicamente de um trabalho preventivo, em que se antecipam situações possíveis para que se responda com rapidez aos eventos. E, para que essa agilidade seja tangível, é preciso ter um bom sistema de monitoramento, focando na melhoria constante dos processos empresariais. 

O propósito da gestão de riscos é criar proteção de valor. Como resultado, estão a melhora do desempenho, a inovação e o apoio para o alcance de objetivos. Além disso, possui princípios essenciais:

• Promove a melhoria contínua;

• É preciso ter a melhor informação disponível;

• Considera fatores humanos e culturais;

• É estruturada e abrangente;

• É inclusiva;

• É personalizada para a empresa;

• É integrada;

• É dinâmica.

Outro ponto importante é o envolvimento da alta direção: ela precisa assegurar que a gestão de riscos esteja integrada em todas as atividades da organização.

Mas, como é o processo de gestão de riscos? Ele é composto da seguinte forma: 

• Identificação;

• Análise;

• Avaliação;

• Tratamento dos riscos;

• Registro e relato.

Outro ponto essencial é que esse processo seja parte da tomada de decisão e, por isso, esteja integrado na estrutura, operações e outros processos da empresa.

 

Importância: por que fazer a gestão de riscos?

As operações de comércio exterior têm alto nível de complexidade e seu mercado é extremamente competitivo. Com uma concorrência cada vez maior — somada a uma grande instabilidade econômica — é preciso enxergar e se adaptar a esse cenário. 

Já que, dessa forma, toda empresa está sujeita a riscos, companhias que estão atentas a suas vulnerabilidades saem na frente, pois encontram oportunidades nesse processo. Esse é um dos motivos pelos quais realizar uma boa gestão de riscos é tão importante.

Além disso, a gestão de riscos é essencial para manter a saúde da empresa, pois minimiza os impactos e perdas, fazendo parte de uma gestão empresarial mais estratégica. Garante o compliance, zela pela segurança dos colaboradores, aumenta a produtividade da equipe e outros diversos benefícios.

Leia mais: A importância do gerenciamento de riscos aduaneiros

 

Principais erros na gestão de riscos

Mesmo quando as empresas realizam a gestão de riscos, muitas ainda cometem erros nesse processo — erros que podem prejudicar a empresa tanto quanto se não houve gestão de risco alguma. Para que você possa evitar isso, preparamos uma lista com essas falhas. Olha só:

Não ter um comitê de gestão de riscos

Criar um comitê para acompanhamento do sistema de gestão é essencial, porque é preciso que se tenha um controle não apenas dos riscos, mas também do passo a passo, ou seja, das ações que estão sendo executadas para mitigar os riscos (ou não), além de também acompanhar os resultados. 

Outra função do comitê é o compartilhamento de mudanças do contexto externo e interno. Como exemplo de mudança no contexto externo, está a pandemia do Covid 19. Quando houve um pico de casos, o fechamento de portos causou um efeito dominó no comércio internacional. Isso, obviamente, aumentou os riscos das operações. Portanto, é um exemplo de mudança de contexto externo que deve ser mencionada no comitê.

Se tratando de mudanças no contexto interno, é possível citar o início da importação de um novo produto. Com essa alteração, surge a necessidade de estudar uma nova classificação fiscal e, assim, aumentam os riscos. Outro exemplo de mudança que deve ser tema do comitê de gestão de riscos.

Não ter o envolvimento da alta administração na gestão de riscos

Os processos e resultados precisam ser apresentados para a alta administração com periodicidade. Em casos de não atendimento aos níveis de risco aceitáveis, é a alta administração que precisa conduzir. É necessário que ela participe, conheça e tome as decisões necessárias.  

Não ter uma documentação correta das falhas que ocorreram

No processo de gestão de riscos, é preciso ter uma rotina para analisar as ameaças. Esse olhar atento só vai ser possível se houver uma documentação histórica de falhas que incidiram. 

Portanto, não basta apenas identificar quando um risco ocorrer, mas é preciso também registrá-lo para que sua próxima análise não seja distorcida.

Ter uma gestão de riscos desalinhada com a estratégia da empresa

Toda empresa assume (ou deve) assumir alguns riscos. Mas, com uma gestão de riscos desalinhada com a estratégia, a companhia pode acabar assumindo riscos que vão contribuir pouco ou nada para que os resultados desejados sejam alcançados, ou seja, oportunidades podem ser perdidas. Ambos devem caminhar lado a lado: estratégia e gestão de riscos.

Não revisar os riscos de maneira periódica

O processo de gestão de riscos é contínuo, vivo. Não basta definir quais são os riscos a serem analisados e não revisitá-los. 

Essa deve ser uma tarefa rotineira porque, afinal, com o passar do tempo essas ameaças podem se tornar menos ou mais prováveis de acontecerem. Uma probabilidade de 10% hoje pode ser de 80% nos dias seguintes. 

Por isso, sempre defina as datas das próximas análises, para que esse hábito não deixe de existir. Assim, você vai trazer uma mentalidade voltada à gestão de riscos.

Focar apenas no processo de implementação

Implementar a gestão de risco já é um passo muito importante para a sua empresa. Porém, mais do que apenas isso, é preciso que ocorra uma mudança cultural — as pessoas precisam ter uma mentalidade voltada à gestão de riscos. Além de criar o processo, é necessário transformar a cultura.

Evitar os riscos

O objetivo da gestão de risco é ter um caráter preventivo. Porém, estamos sujeitos a ameaças. Elas podem e muitas vezes vão atingir a empresa, portanto, é preciso ter um planejamento para resolver problemas, além de aproveitar as oportunidades que vêm com esses riscos.

O que acontece é que, muitas vezes, acredita-se que correr riscos é apenas ruim e acaba-se evitando todos eles. Na verdade, o que não é correto é ter a rotina de apenas apagar incêndios. Já correr riscos com planejamento é saudável.

 

Continue aprendendo

Deu para perceber como a gestão de riscos é importante e, ainda mais, como é necessário fazer uma gestão de riscos correta para manter a saúde das empresas, não é? Além de evitar passivos, a gestão de riscos também pode gerar oportunidades! 

Em empresas com gestão de riscos e Trade Compliance robustos, a qualidade das informações é alta. Dessa forma, é possível obter regimes aduaneiros especiais, o que resulta na redução de custos operacionais e tributários. Além disso, o valor das empresas que estão em compliance e possuem uma gestão de riscos efetiva é muito maior que empresas que não se encaixam nesse cenário. Por isso, fuja dos erros listados nesse artigo e alcance resultados mais satisfatórios. 

A gestão de risco anda lado a lado com pautas como a certificação OEA. Se você quer continuar aprendendo, leia nosso E-book sobre monitoramento OEA e conheça todo o processo que busca agilizar, facilitar e padronizar os processos aduaneiros.

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