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Maximizar a Segurança da Cadeia Logística e Facilitação do Comércio Internacional

05.JAN.2022

Maximizar a Segurança da Cadeia Logística e Facilitação do Comércio Internacional 

 

A pandemia nos permitiu viver um cenário de insegurança e impotência e, sobretudo, demonstrou claramente a necessidade de tratamento preventivo junto ao risco global, sob pena de sermos massiva e agressivamente atingidos por suas consequências. Esse árduo contexto reafirmou a necessidade de identificar e monitorar riscos.  

 

Errar rápido. Corrigir rápido. 

 

Assim, a ansiedade pelo que “vai acontecer” se tornou latente e predominante para a maioria dos profissionais, fazendo com que muitos se sintam constantemente perdidos. Desta forma, em um mundo extremamente incerto, esperar por mais transformações é a única certeza, exigindo de todos o rápido entendimento e a rápida reação às mudanças, cada vez mais dinâmicas e instáveis. Por esse fato, pequenas decisões podem trazer grandes resultados, enquanto um enorme esforço colocado numa variável importante pode gerar a total ausência de resposta. 

 

Essa sistemática deve ser a mesma adotada para a segurança da cadeia logística internacional, onde planos longos e estratégicos não tem mais valia. A atualidade exige que a ação seja imediata, ainda que não se tenha um formato específico, exato, de como reagir. Deve-se conhecer o risco, conquanto que negá-lo é inaceitável. 

 

Neste contexto, a necessidade de discussão em torno dos componentes do risco, sob a ótica interna, externa e suas consequências está reafirmada, ao passo em que a necessidade de se controlar o desconhecido, sobretudo o ambiente externo, se tornou latente. 

 

Não existem mais regras fixas. Nesse mundo caótico passamos a ter uma grande incerteza do que está por vir. Percebemos, em níveis pessoal e profissional, que estratégias de longo prazo não fazem mais sentido. O que acontecerá daqui a 6 meses? Um ano? 

 

Diante de uma ação ilícita. Quais são as demais probabilidades? Como pode o transgressor pensar e agir de forma diferenciada dentro do meu processo logístico? E sob o ponto de vista do ambiente externo? 

 

No universo corporativo isso significa que as empresas estão mais expostas a riscos e, a partir dessa percepção, a busca por antecipá-los tende a ser cada vez maior. O senso de urgência é cada vez maior.  

 

O risco não espera. 

 

Essa é uma verdade absoluta e que deve ser encarada de frente. Daí, a interferência direta no atraso na relação entre causa e efeito, que pode afetar diretamente a execução de planejamentos muito detalhados e de longo prazo. Tudo isso aliado a sobrecarga de informações e do rápido avanço tecnológico. 

 

Buscando a expressão deste momento de transformações e acelerações, como forma de se buscar a construção de respostas quanto a como se comportar diante desse caos, surge o conceito BANI, oferecendo uma espécie de lupa para quem busca um norte sobre quais são os próximos passos enquanto profissional ou organização, e o que podemos perceber é que lidar com este cenário será cada vez mais desafiador. Portanto, preparo é fundamental! 

 

O conceito BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible) reconhece que estamos diante de um mundo que até então não tínhamos como óbvio, mostrando que estamos propensos a incidentes de diversas naturezas. 

 

Assim, a fragilidade pode ser percebida em sistemas aparentemente fortes, como por exemplo em monoculturas, onde cultivar uma única safra significa produção máxima, até que um inseto que afeta apenas aquela espécie ou cepa em particular destrói todo o campo.” 

 

Os últimos tempos nos mostraram que o mundo é frágil. De uma hora para outra pode aparecer um vírus, um concorrente pode mudar a lógica do mercado ou uma falha do outro lado do mundo pode afetar o nosso continente. Nesse contexto, empregos não são mais garantidos, posições não são sinônimo de segurança e mudanças de carreiras são normais. 

 

A consciência do quanto estamos frágeis gera ansiedade, uma das doenças mais comuns atualmente e que impacta pessoas e companhias. Isso acaba por refletir em um senso de urgência cada vez maior. Precisamos tomar decisões rapidamente, pois qualquer minuto perdido parece nos deixar mais para trás. Em um contexto BANI a diferença entre sucesso e fracasso pode estar no tempo de resposta às fragilidades que enfrentamos. 

 

Em um ambiente não linear uma pequena decisão pode ter consequências devastadoras. Um grande esforço pode não trazer grandes resultados. Ao perder a linearidade, os altos e baixos não são proporcionais. Aprendemos que consequências de qualquer causa podem emergir rapidamente, ou podem demorar meses para que os resultados apareçam. Nada mais é certo, e isso inclui o planejamento estratégico, pois fica claro que o mesmo deve ser adaptável às circunstâncias. 

 

Tentamos achar resposta para tudo e nos baseamos em dados e nas inúmeras informações que temos de todos os lados. Contudo, a sobrecarga resulta na incompreensibilidade. Perguntar “como foi que isso aconteceu?” parece ser natural, mas a resposta não é tão óbvia assim. A toda hora nossos conceitos e ideias mudam. Tudo acontece tão rápido que cada vez mais parece que entendemos menos. 

 

Para que as empresas estejam preparadas ou dispostas para esse novo cenário (mundo), é necessário mudar o mind set, o que deve vir da Alta Administração e investimento na capacitação dos envolvidos, de forma a permitir que essas pessoas sejam capazes de materializar a aplicabilidade concreta e efetiva da gestão de riscos diante desse novo cenário que se apresenta.  

A capacitação tomou posição fundamental no enfrentamento dessa nova realidade, pois se pensávamos que a saída estava no uso de dados, pelo desenvolvimento isolado de softwares, a atual sobrecarga de informações a que estamos expostos acaba por interferir diretamente nesse ponto, dada a repercussão inesperada e não linear. 

 

Sendo assim, investir em capacitação que ajudem pessoas e empresas a destrinchar esses novos cenários pode converter grandes desafios em oportunidades, além de fortalecer a segurança da cadeia logística. Para tanto, algumas ferramentas podem ser utilizadas, tais como as ISOs 28000, 31000 e 37301. 

 

Essas normas se traduzem em ferramentas fundamentais para a realização de negócios capazes de evoluir concomitantemente ao cenário que se apresenta. Neste contexto, a ISO 31000 é ferramenta fundamental e poderosa para consubstanciar um sistema de gestão de riscos, e deve ser trabalhada em paralelo ao desenvolvimento concreto dos conceitos voltados ao risco, não conformidade e falhas, reafirmando a necessidade de capacitação. Não menos importante, a ISO 28000 está sendo realinhada, diante dessa nova necessidade, com uma nova versão prestes a ser publicada. A ISO 37301, por sua vez, trabalha com conformidade aduaneira, como estrutura na companhia, não somente voltada à segurança da cadeia logística, mas também aos assuntos tributários, tão relevantes sob a ótica do fortalecimento do comércio internacional. 

 

(NEW RESULTS) As empresas precisam investir em treinamentos, pois capacitação é a única forma de se preparar. 

 

 

Assim, diante da aplicabilidade desses novos conceitos, indispensável a revisão dos contratos internos e transacionais, em prol não somente da maximização da segurança da cadeia logística, mas também da interferência direta dessas relações nos acordos bilterais ou multilaterais diretamente ligados à facilitação do comércio nesse novo cenário global. 

 

Medidas de segurança fortalecidas devem ser aplicadas, em prol da viabilidade da facilitação do comércio, vislumbrando um cenário com fronteiras mais abertas. 

 

Trabalhar com parceiros confiáveis, com valores próximos, pois esse novo conceito de encarar o mundo busca aproximar as pessoas e suas formas de lidar com os diversos cenários frágeis, a partir de uma perspectiva mais integrada, que seja compartilhada com agências fronteiriças, materializada através da colaboração e cooperação.  

 

A busca pela nova estrutura é incessante. Diante da nova realidade, ela urge ainda mais. Assim, o que se pretende através do OEA 2.0 é implementar características mínimas para cada um dos programas OEA existentes, de forma a harmonizá-los, aproximando-os. 

 

Dentro da gama de processos existentes, o que se busca é standarizar internacionalmente seus processos, com melhores práticas, para se aperfeiçoar seus perfis de forma de que ao invés de realizarem gestão de riscos por perfil, considerar-se-á as agências intervenientes, as rotas de comércio eletrônico e outras peculiaridades, tão relevantes nos dias atuais. Tudo isso atrelado ao uso de tecnologia, desmistificando a aplicabilidade do OEA, através de seu uso regional (como uma ferramenta regional, propriamente dita). 

 

This is not the end, but the beginning. Esse é o começo para buscarmos, através dessas ferramentas de trabalho, melhorar a gestão dos riscos da cadeia logística internacional e da cooperação internacional, auxiliando na construção dos standares internacionais que irão subsidiar o OEA 2.0 e que, através da capacitação, a aplicabilidade desses conceitos possa ser levada aos países envolvidos em prol de um mundo mais seguro. 

 

Artigo por: Vanessa Ventura 

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